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ASA e APSF analisam necessidade de teste de COVID-19 antes de cirurgias eletivas

ASA e APSF analisam necessidade de teste de COVID-19 antes de cirurgias eletivas
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jul. 1 - 3 min de leitura
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Pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, apresentam maior morbidade e mortalidade perioperatória. A constatação é da APSF (Anesthesia Patient Safety Foundation) e da ASA  (American Society of Anesthesiologists), que publicou um artigo sobre o assunto em seu site. O risco é maior para pessoas que, além do vírus, tenham idade avançada e outras comorbidades, como problemas cardíacos e imunocomprometimento.

Entre as complicações observadas em pacientes infectados estão progressão inesperada para síndrome do desconforto respiratório agudo, lesão cardíaca, insuficiência renal e até morte. Por isso, a recomendação para garantir maior segurança da pessoa que será operada – assim como a segurança de profissionais de saúde, outros pacientes do hospital e público em geral – é que seja feita uma ampla triagem de sintomas, verificação de níveis de transmissão comunitária e também testes de PCR (mesmo que a sensibilidade dos mesmos, no pré-procedimento, seja considerada ainda imperfeita).

“Continuamos a recomendar que, a menos que a transmissão comunitária esteja de baixa a moderada, todos os pacientes submetidos à anestesia, procedimento ou cirurgia com potencial para gerar aerossóis devem continuar a fazer testes de PCR pré-operatórios para SARS- CoV-2, idealmente não mais de três dias antes do procedimento”, informa a ASA. “Quando houver transmissão comunitária local ou regional, todos os pacientes devem ser rastreados quanto a sintomas e exposições antes de se apresentarem ao serviço de saúde. Os pacientes que relatam sintomas devem ser encaminhados para avaliação adicional. Se um paciente testar positivo para SARS-CoV-2, os procedimentos cirúrgicos eletivos devem ser adiados”.

Brasil

Segundo a médica anestesiologista Roberta Miranda Soares, que atua na cidade de Cacoal, em Rondônia, a maioria dos hospitais brasileiros continuam pedindo teste de Covid no pré-operatório. “Em cirurgia eletiva, se o PCR for positivo, não se tem realizado o procedimento, mesmo em oligossintomáticos. Em cirurgias de urgência e emergência, o procedimento é feito tomando-se todas as providências necessárias de precauções sanitárias”, explica.

Em relação às operações eletivas, muitos locais seguem esquema da Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais (Samg), que determina que pacientes assintomáticos ou que tenham tido apenas sintomas leves de Covid devem esperar quatro semanas para serem submetidos aos procedimentos. Pacientes sintomáticos, mas que não precisaram de hospitalização, devem esperar seis semanas. Sintomáticos que sejam diabéticos, imunocomprometidos ou que tenham precisado de hospitalização devem esperar de oito a dez semanas. Paciente que precisou de UTI deve esperar doze semanas.

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