A Fundação do Câncer e a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) são responsáveis pela campanha “Cigarro eletrônico: parece inofensivo, mas não”, que tem como foco alertar a população em geral, mas principalmente os jovens, sobre os perigos do cigarro eletrônico para a saúde.
A comercialização e propaganda dos cigarros eletrônicos é proibida no Brasil. Porém, segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, cerca de 2 milhões de pessoas no país já usaram os produtos, sendo a maioria com idades entre 18 e 24 anos.
“O uso do tabaco está ligado a pelo menos vinte tipos de câncer, segundo a União Internacional para Controle do Câncer (UICC), e o tabagismo engloba o consumo não só de cigarro comum, mas a utilização de cigarros eletrônicos, vapes, e-cigarette, pod e tabaco aquecido”, informa a campanha.
Disfarçados em uma série de formatos, aromas e sabores, os cigarros eletrônicos carregam concentrações de nicotina que muitas vezes são maiores do que as presentes no cigarro convencional. Este pode ter até um grama de nicotina, enquanto os eletrônicos chegam a ter até 7 gramas por unidade. A informação foi divulgada recentemente em reportagem publicada pela Agência Brasil.
Outros perigos, de acordo com a Fundação e a Anup, são os e-líquidos usados nos vaporizadores, que contêm quantidades significativas de produtos químicos tóxicos. Um vaporizador de 1.500 tragadas equivale a 5 maços.
Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) contêm metal, plástico, baterias e circuitos. Os resíduos de cigarros eletrônicos não são biodegradáveis e os cartuchos ou dispositivos descartáveis geralmente se decompõem em microplásticos e produtos químicos que poluem ainda mais os cursos d’água.
O material da campanha pode ser baixado gratuitamente no site da Fundação do Câncer (clique aqui) e fica disponível para divulgação em redes sociais e para impressão. Os organizadores pedem que a iniciativa seja apoiada por profissionais de ensino e também por instituições de ensino.
Leia também:
Apesar de não ser saudável, fumantes de cigarro eletrônico frequentam ambientes mais saudáveis do que fumantes
Quase metade das mortes por câncer se devem a fatores de risco evitáveis
Brasil mantém proibição de venda de cigarros eletrônicos
Tabagismo aumenta o risco de desenvolvimento de insuficiência cardíaca
O uso combinado de cigarros tradicionais e cigarros eletrônicos não reduz o risco de doenças cardiovasculares
Por que a maioria dos fumantes não desenvolve câncer de pulmão?