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Crianças e adolescentes mais expostas a telas tendem a possuir IMC maior

Crianças e adolescentes mais expostas a telas tendem a possuir IMC maior
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jul. 18 - 3 min de leitura
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A prevalência de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes é um problema de saúde pandêmico crescente e em rápido aumento em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 39 milhões de crianças menores de 5 anos estavam com sobrepeso ou obesidade em 2020. 

Sabe-se que o sobrepeso e a obesidade infantil estão associados à morte prematura, diabetes, câncer e doenças cardíacas na idade adulta tardia. Um dos fatores mais importantes que está associado à obesidade, além da nutrição inadequada e uma dieta rica em alimentos hipercalóricos e ultraprocessados, é o sedentarismo e a inatividade. Um fator importante na determinação de comportamentos sedentários entre crianças é o tempo de tela, que se refere coletivamente ao tempo gasto assistindo televisão, jogando videogame e trabalhando com computador e utilizando tablets e smartphones.

Desta forma, um grupo de pesquisadores realizou uma revisão sistemática e meta-análise para classificar a associação entre IMC (índice de massa corporal) e tempo de tela de acordo com diferentes parâmetros como o tipo de dispositivo de tela, idade, distribuição geográfica e local de diferentes estudos em crianças e adolescentes. Os resultados foram publicados no periódico Frontiers in Pediatrics no dia 10 de maio de 2022.

Os autores do estudo fizeram uma busca nas bases de dados eletrônicas Scopus, PubMed e Embase até julho de 2021, obtendo um total de 6.291 artigos. Após a exclusão das publicações que não se encaixavam nos critérios de inclusão da pesquisa, um total de 54 estudos foram incluídos na metassíntese.

Nos estudos incluídos na meta-análise, o tempo de tela foi definido como “Tempo gasto assistindo passivamente a entretenimento baseado em tela (TV, computador, dispositivos móveis). Isso não inclui jogos baseados em tela ativos onde é necessária atividade física ou movimento.” conforme definido pela OMS.

A meta-análise da comparação do IMC entre as categorias de tempo de tela mais alto versus mais baixo revelou que estar na categoria mais alta de tempo de tela estava associado a um aumento de 0,7 kg/m 2 no IMC, valor estatisticamente significativo. A meta-análise de duas classes da comparação do tempo de tela entre crianças e adolescentes com sobrepeso/obesidade versus crianças e adolescentes sem sobrepeso/obesidade demonstra que crianças e adolescentes com obesidade tiveram um valor médio de 0,313 h maior tempo de tela em comparação com crianças e adolescentes sem obesidade. 

Como mencionado pelos autores, esta meta-análise é o primeiro estudo que forneceu um resultado quantitativo para a associação entre diferentes tempos de tela com obesidade em crianças e adolescentes e relatou diferenças de tempo de tela entre crianças e adolescentes com obesidade em comparação com crianças e adolescentes sem obesidade. No entanto, os pesquisadores ressaltam que como os resultados não foram separados ​​entre os sexos, são necessários mais estudos.

 

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Referências:

Wu Y, Amirfakhraei A, Ebrahimzadeh F, Jahangiry L, Abbasalizad-Farhangi M. Screen Time and Body Mass Index Among Children and Adolescents: A Systematic Review and Meta-Analysis. Front Pediatr. 2022 May 10;10:822108. doi: 10.3389/fped.2022.822108. PMID: 35620148; PMCID: PMC9127358. Disponível em https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fped.2022.822108/full


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