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Disparidades de gênero no meio acadêmico: da pesquisa aos cargos de liderança

Disparidades de gênero no meio acadêmico: da pesquisa aos cargos de liderança
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fev. 9 - 3 min de leitura
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A revista “Annals of Family Medicine” publicou uma revisão bibliográfica dos artigos publicados em seu veículo, que evidenciou a disparidade de publicações entre os gêneros masculino e feminino durante a pandemia. No estudo foi calculado a porcentagem de submissões durante a pandemia e antes da pandemia para fins de comparação. Como resultado, houve um aumento significativo nas publicações ao longo da pandemia, entretanto, as mulheres publicaram 29% menos que os homens no período, sendo que em 2019 essa diferença era de 21,8%(1).

Entretanto, a diferença de gênero no meio acadêmico médico não é recente e a pouca elaboração de artigos impacta na ascensão da mulher em cargos na universidade. Um estudo de coorte de acompanhamento longitudinal do corpo docente (2), que durou 17 anos e analisou 24 universidades dos Estados Unidos, demonstrou que as mulheres continuam sendo menos propensas a ocupar cargos de liderança na academia, como as funções de presidente, reitor, decano e diretor.

Segundo o estudo, as mulheres têm apenas metade da probabilidade de alcançar e se manterem chefes de departamento em comparação com os homens ao longo do acompanhamento. A disparidade de gênero na liderança sênior não foi modificada pela inclusão de produtividade acadêmica, sendo essa uma variável explicativa dessa diferença, uma vez que, por ser uma produção de baixa quantidade, essa não teve impacto suficiente para minimizar a desigualdade entre os gêneros.

Ao contrário de outros estudos, o artigo notou que a desigualdade de classificação de gênero não é atribuída na distribuição de esforços ou uso do tempo nas carreiras profissionais e pessoais entre homens e mulheres, com as mulheres se concentrando mais no ensino e na assistência clínica do que na pesquisa em medicina acadêmica. Portanto, de acordo com a publicação(2), as mulheres terão maior probabilidade de serem retidas e alcançarem um posto sênior se forem mais produtivas academicamente, independentemente de buscarem pesquisa, educação ou atividades acadêmicas clínicas. 

 

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Referências

  1. COVID-19 and Gender Differences in Family Medicine Scholarship, Katherine M. Wright, Santina Wheat, Deborah S. Clements, Deborah Edberg, The Annals of Family Medicine Jan 2022, 20 (1) 32-34; DOI: 10.1370/afm.2756

  2. Carr PL, Raj A, Kaplan SE, Terrin N, Breeze JL, Freund KM. Gender Differences in Academic Medicine: Retention, Rank, and Leadership Comparisons From the National Faculty Survey. Acad Med. 2018;93(11):1694-1699. doi:10.1097/ACM.0000000000002146 

 

 


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