Fonte: Voelker RA., (2023)
Uma publicação na JAMA Patient Page, datada de 10 de novembro de 2023, oferece uma análise detalhada sobre os adenomas da hipófise. Este recurso informativo explora as várias facetas dos adenomas da hipófise, incluindo sua definição, tipos, sintomas, métodos de diagnóstico e opções de tratamento.
✅ O que são Adenomas da Hipófise?
Os adenomas da hipófise, localizados na base do cérebro, são tumores geralmente benignos. Eles não se espalham além da hipófise, com uma prevalência de 1 em 1100 indivíduos. A detecção ocorre frequentemente por meio de sintomas ou exames para condições não relacionadas.
✅ Tipos e Sintomas
Esses adenomas dividem-se em microadenomas (<10 mm) e macroadenomas (≥10 mm), sendo que aproximadamente metade dos pacientes possui cada tipo. Existem duas categorias principais: funcionantes (70%) e não funcionantes (30%).
Adenomas funcionantes: Produzem hormônios em excesso, levando a diversos problemas de saúde. Os mais comuns são os prolactinomas, responsáveis por sintomas como amenorreia, infertilidade feminina, secura vaginal, baixa libido e testosterona em homens, e disfunção erétil. Adenomas que secretam hormônio do crescimento causam aumento de mãos, pés e características faciais, dor de cabeça, osteoartrite, diabetes, apneia do sono e hipertensão. Adenomas com excesso de corticotropina e tireotrópica causam, respectivamente, obesidade, hipertensão, osteoporose, ansiedade, depressão, problemas de sono e hipertireoidismo.
Adenomas não funcionantes: Não produzem hormônios, mas podem causar cefaleia ou perda parcial da visão por compressão dos nervos ópticos, além de interferir na função hipofisária normal.
✅ Diagnóstico
Para o diagnóstico, recomenda-se a realização de uma ressonância magnética de alta resolução do cérebro, para avaliar tamanho e localização do adenoma. Testes de sangue específicos para níveis hormonais ajudam a determinar se o adenoma é funcionante ou não.
✅ Tratamento
A principal abordagem terapêutica, exceto em casos de prolactinomas, é a cirurgia, preferencialmente através da técnica minimamente invasiva chamada cirurgia transesfenoidal. Adenomas maiores podem requerer craniotomia. Após a cirurgia, 5% a 15% dos pacientes podem ter recorrência. Nestes casos, a terapia inclui medicamentos ou radioterapia. Para prolactinomas, a terapia de primeira linha é medicamentosa, com drogas aprovadas pela FDA como bromocriptina e cabergoline. Microadenomas não funcionantes e assintomáticos podem não necessitar de tratamento imediato, mas devem ser monitorados regularmente por ressonância magnética.
Referência:
Voelker RA. What Are Pituitary Adenomas? JAMA. Published online November 10, 2023. doi:10.1001/jama.2023.15248
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