A expectativa de vida de pessoas acima dos 70 anos de idade
depende mais da função física das mesmas do que de diagnósticos específicos de
doenças. A constatação faz parte de um estudo que tem como objetivo determinar
as causas da longevidade, liderado por integrantes da Duke University School of Medicine e recentemente publicado na eBioMedicine.
O trabalho fornece uma forma de prever se um septuagenário provavelmente
irá viver por mais dois, cinco ou dez anos, podendo os marcadores de
longevidade ser obtidos em atendimentos clínicos de rotina. Ele foi feito com
base em 1.500 amostras de sangue coletados no ano de 1992, durante um estudo
longitudinal que envolveu idosos com idade média de 71 anos. Os participantes foram
acompanhados por vários anos e preencheram questionários com informações sobre
seus históricos e hábitos de saúde.
Anos depois, com base nas respostas e no tempo que cada
idoso havia sobrevivido, os pesquisadores identificaram um conjunto central de
variáveis preditivas com impacto causal na longevidade. A função física foi
apontada como um dos principais fatores preditivos de longevidade. Ela envolve,
por exemplo, a capacidade de fazer compras e de realizar uma faxina na casa.
Junto com ela, o histórico de tabagismo das pessoas foi
considerada como fundamental. Entre os participantes sobreviventes mais longos,
isto é, aqueles que viveram por pelo menos mais dez anos após terem tido suas
informações de vida coletadas, o melhor preditor de longevidade foi o fato de
serem não-fumantes.
Surpreendentemente, ter câncer, doença cardíaca ou qualquer
outro tipo de enfermidade não foi apontado como preditor.
Com informações de eBioMedicine.
Referência:
Virginia Byers Kraus
et al, Causal analysis identifies small HDL particles and physical activity as
key determinants of longevity of older adults, eBioMedicine (2022). DOI: 10.1016/j.ebiom.2022.104292
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