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Estudo revela que obesidade e estresse têm forte influência sobre o apetite

Estudo revela que obesidade e estresse têm forte influência sobre o apetite
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out. 20 - 3 min de leitura
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Pesquisadores da Johns Hopkins Medicine analisaram como o estresse pode aumentar o apetite em adultos magros e com obesidade. Uma série de experimentos foram feitos com uso de ressonância magnética funcional (fMRI) para medição da atividade cerebral em redes neurais. Os resultados foram publicados na revista PLOS ONE, em 28 de setembro.

Segundo os cientistas, o estresse afeta as respostas do cérebro à comida, sendo que há diferenças significativas nas reações a estímulos alimentares em áreas do cérebro de adultos magros e obesos associadas à recompensa e ao controle cognitivo. 

Para o estudo, os autores analisaram dados de 29 adultos (16 mulheres e 13 homens), 17 com obesidade e 12 magros. Os participantes completaram dois exames de ressonância magnética funcional, um deles realizado após teste de estresse social e fisiológico. 

Os participantes receberam um teste de reatividade de palavras de alimentos durante os dois exames de imagem. Os cientistas buscaram observar como o cérebro dos pacientes reagia a palavras de comida, como itens de menu em um quadro-negro.

Para maximizar a resposta apetitiva no cérebro, os pesquisadores pediram aos participantes que imaginassem a aparência, o cheiro e o sabor de cada alimento e também como seria comê-lo naquele momento. Também foi perguntado quanto desejavam de cada alimento e se achavam que não deveriam comer aquele alimento, para ver como a tomada de decisão relacionada a cada produto era abordada. 

O estudo mostrou que o estresse afeta as respostas do cérebro à comida. Por exemplo, indivíduos obesos apresentaram maior ativação do córtex orbitofrontal, uma região de recompensa do cérebro, após o teste de estresse. Os experimentos também demonstraram que adultos obesos e magros diferem um pouco em suas respostas cerebrais: os pacientes obesos tiveram menos ativação de regiões de controle cognitivo para palavras de alimentos, especialmente para alimentos altamente calóricos, como por exemplo “queijo grelhado”. 

Assim, houve evidência de que indivíduos obesos sem compulsão alimentar, ao contrário de indivíduos magros, consumiram mais calorias após a condição de estresse. Juntos, os resultados comportamentais fornecem um suporte modesto para a regulação do apetite induzida pelo estresse, com impactos na ingestão de refeições subsequentes entre alguns indivíduos obesos. Os autores concluem que este tipo de compreensão é essencial para o entendimento da fisiopatologia da obesidade e pode auxiliar no tratamento da condição. 

Referência: 

Susan Carnell, Leora Benson, Afroditi Papantoni, Liuyi Chen, Yuankai Huo, Zhishun Wang, Bradley S. Peterson, Allan Geliebter. Obesity and acute stress modulate appetite and neural responses in food word reactivity taskPLOS ONE, 2022; 17 (9): e0271915 DOI: 10.1371/journal.pone.0271915 

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