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Obesidade infantil é cada vez mais comum, grave e precoce

Obesidade infantil é cada vez mais comum, grave e precoce
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jul. 25 - 4 min de leitura
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Estudo liderado por pesquisadores da Rollins School of Public Health, da Universidade de Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, revelou que a epidemia de obesidade infantil nos Estados Unidos continua a crescer, apesar dos inúmeros esforços de saúde pública para promover comportamentos saudáveis ​​e melhorar os hábitos de vida na faixa etária.

Sabe-se que a obesidade na infância e no início da adolescência muitas vezes está relacionada a problemas de saúde mental e é precursora de doenças crônicas na idade adulta, incluindo diabetes e doenças cardiovasculares. A pesquisa, publicada no periódico Pediatrics, revelou que as taxas de novos casos de obesidade no ensino fundamental são cada vez mais altas e estão ocorrendo mais cedo na infância do que há uma década.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram em que idades as crianças são mais propensas a desenvolver obesidade e quem corre maiores riscos. Eles compararam dados em 2 coortes do Early Childhood Longitudinal Study (ECLS), sendo que a primeira coorte foi seguida de 1998 a 2004 e a coorte posterior de 2010 a 2016. Tais dados são nacionalmente representativos, de modo que os resultados podem ser generalizados para crianças que crescem nos Estados Unidos.

O estudo observou que aproximadamente 40% dos estudantes do ensino médio e jovens adultos de hoje tiveram obesidade ou sobrepeso antes de deixar a escola primária. Ademais, as crianças nascidas na década de 2000 apresentaram taxas de obesidade em níveis mais altos e em idades mais jovens do que as crianças da primeira coorte, apesar das crescentes campanhas e intervenções de saúde pública destinadas a prevenir a obesidade.

Além disso, crianças hispânicas não negras tiveram uma incidência 29% maior de desenvolver obesidade na quinta série em comparação com os alunos do jardim de infância hispânicos não negros da coorte de 1998 a 2004, enquanto a incidência de obesidade permaneceu inalterada ou diminuiu em outros grupos de raça e etnia. Os pesquisadores também constataram que o risco de desenvolver obesidade na escola primária aumentou 15% nos grupos economicamente menos favorecidos.

Neste estudo, os autores sugerem que as intervenções feitas do período do jardim de infância até a quinta série podem ter um impacto maior em crianças negras não hispânicas porque elas correm maior risco de desenvolver obesidade durante esse período. No entanto, os padrões raciais e étnicos na prevalência da obesidade desde o nascimento até a infância revelam que, quando as crianças se matriculam no jardim de infância, já passou um período importante para iniciar as intervenções em crianças hispânicas. 

Essa descoberta apoia a recomendação da Academia Americana de Pediatria de uma abordagem ao longo da vida para identificar crianças “no início do caminho para a obesidade” para prevenção primária da obesidade. Os autores concluem que os programas de prevenção precisam olhar além de soluções simples para a obesidade, incluindo as mudanças substanciais na atividade física e nos ambientes alimentares que progrediram nas últimas décadas, bem como as vias epigenéticas e neuro-psico-comportamentais para a obesidade. 

 

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Referências:

Cunningham SA, Hardy ST, Jones R, Ng C, Kramer MR, Narayan KMV. Changes in the Incidence of Childhood Obesity. Pediatrics. 2022 Jul 5:e2021053708. doi: 10.1542/peds.2021-053708. Epub ahead of print. PMID: 35789417. Disponível em https://publications.aap.org/pediatrics/article/doi/10.1542/peds.2022-056547/188479/Trends-in-Obesity-Disparities-During-Childhood


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