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A combinação de duas doses de CoronaVac com uma da Pfizer aumenta em vinte vezes o nível de anticorpos

A combinação de duas doses de CoronaVac com uma da Pfizer aumenta em vinte vezes o nível de anticorpos
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set. 27 - 3 min de leitura
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No dia 24 de setembro foi realizada uma coletiva de imprensa na qual foram apresentados os resultados preliminares de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da República (Udelar) e do Instituto Pasteur (IP) de Montevidéu. A pesquisa concluiu que a combinação de duas doses da vacina CoronaVac com uma terceira da Pfizer aumenta em vinte vezes o nível de anticorpos obtido apenas com as duas doses do CoronaVac.

Os resultados apresentados fazem parte de um projeto que surgiu no início de 2021 e é executado por investigadores da Faculdade de Medicina e do Hospital de Clínicas da Udelar, e do Instituto Pasteur (IP). Este projeto visa conhecer a evolução dos níveis de anticorpos anticovid-19 específicos em uma população de estudo composta por funcionários do próprio IP. Participam cerca de 200 membros do instituto, cujos anticorpos antivirais serão quantificados em amostras de sangue dessa população ao longo de um período de dois anos.

A metodologia utilizada para a realização deste estudo é um teste ELISA que foi desenvolvido pelo IP e pela Udelar com a colaboração da empresa ATGen, que estudou 53 indivíduos de quem foram colhidas amostras de sangue em momentos diferentes e no soro dessas amostras foi detectada a presença de anticorpos específicos contra o vírus. Até o momento, foram realizadas quatro extrações, uma antes do início da vacinação, outra aproximadamente 18 dias após o recebimento da segunda dose de qualquer uma das vacinas disponíveis, Pfizer ou CoronaVac, uma terceira aproximadamente 80 dias após esta segunda dose, e a quarta amostra foi coletada cerca de 18 dias após a terceira dose de Pfizer.

Em relação aos resultados, na extração prévia à vacinação detectou-se que as 53 pessoas testadas não apresentavam anticorpos específicos contra o vírus. Na segunda extração, todas as pessoas estudadas tinham anticorpos circulantes específicos contra o vírus. Aos 80 dias após a segunda dose de qualquer uma das vacinas, embora tenha sido detectado que 100% dos indivíduos testados continuavam com anticorpos específicos contra o vírus, notou-se uma queda generalizada em sua quantidade. Na quarta coleta de sangue, realizada em indivíduos com duas doses de CoronaVac e uma terceira de Pfizer, foi encontrado um aumento significativo de anticorpos circulantes na população participante do estudo. Os pesquisadores comentaram que, se a segunda extração for comparada com a quarta amostra, verifica-se que a quantidade de anticorpos aumentou 20 vezes.

Os pesquisadores ressaltaram que estes resultados são preliminares e muito promissores, e também reconhecem que parte da resposta imune está sendo estudada e que há outra parte importante, como a imunidade celular e a memória celular, que deve ser levada em consideração e que não foi abordada. Outra informação ainda desconhecida neste projeto e também internacionalmente é o nível mínimo de anticorpo que gera proteção.

Confira abaixo a conferência:

 

 

Referências:

Estudio confirma el aumento de protección contra COVID-19 con la tercera dosis. Dispovível em https://udelar.edu.uy/portal/2021/09/estudio-confirma-el-aumento-de-proteccion-contra-covid-19-con-la-tercera-dosis/

 

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