Uma coalizão de grupos antiaborto dos Estados Unidos está
lutando na Justiça para tentar retirar do mercado nacional o medicamento mifepristona,
uma pílula envolvida em 53% dos casos de interrupção de gravidez no país.
Segundo reportagem sobre o assunto publicada pela Agence France-Presse, cerca
de meio milhão de mulheres a utilizam anualmente em território norte-americano.
O processo é contra a Food
and Drug Administration (FDA), que aprovou o medicamento há 22 anos como
sendo seguro e eficaz, podendo ser utilizado até a décima semana de gestação. Os
oponentes do aborto esperam anular a aprovação da droga, alegando que impactos
à saúde e complicações em decorrência do uso têm sido ignoradas ao longo dos
anos.
O caso deve ser julgado nesta semana em um tribunal federal
em Amarillo, no Texas, por um juiz cristão considerado profundamente
conservador e que já tem uma história pessoal de oposição ao aborto.
De acordo com o Guttmacher
Institute, um grupo de pesquisa voltado à saúde reprodutiva, atualmente
cerca de 15 estados no país têm leis que restringem o acesso ao mifepristone,
exigindo que ele seja fornecido apenas sob indicação médica. Em junho de 2022,
a assistência ao aborto foi interrompida em outros treze estados por decisão da
Suprema Corte.
Caso a decisão judicial seja contrária ao uso do
mifepristona, a tendência é que o FDA busque recorrer da mesma.
Com informações de Agence
France-Presse.
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