Pesquisadores de Oxford publicaram na Nature um estudo que estabeleceu, pela primeira vez, uma pontuação de risco genético para prever a probabilidade de pacientes que sofrem de varizes necessitarem de cirurgia e apontou um caminho para possíveis novas terapias contra varizes.
Os autores usaram 401.656 pacientes do estudo UK Biobank ID e outros 408.969 do 23andMe é uma empresa privada que fornece testes genômicos e identificaram identificaram 49 variantes genéticas em 46 áreas do genoma que aumentam o risco de varizes. Eles destacaram caminhos, incluindo problemas com os tecidos conjuntivos do corpo e o sistema imunológico como atores-chave na patologia das veias varicosas.
O estudo foi interdisciplinar e incluiu pesquisadores de vários departamentos da universidade, como: o de ortopedia, reumatologia, de cirurgia e o de mulher e saúde reprodutiva.
Consoante os cientistas, ter o apoio de cirurgiões para a identificação de casos graves de varizes foi fundamental para a seleção dos pacientes e progresso da pesquisa.
Além disso, para os pesquisadores, essa descoberta aprimora o conhecimento sobre a biologia e etiologia das varizes e será a base de mais pesquisas e potencialmente novos tratamentos.
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Referência
Waheed-Ul-Rahman Ahmed et al, Genome-wide association analysis and replication in 810,625 individuals with varicose veins, Nature Communications (2022). DOI: 10.1038/s41467-022-30765-y
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