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Pesquisadores mostram evidências no uso de drogas noradrenérgicas contra a doença de Alzheimer

Pesquisadores mostram evidências no uso de drogas noradrenérgicas contra a doença de Alzheimer
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jul. 8 - 2 min de leitura
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Publicado no Journal of Neurology Neurosurgery & Psychiatry estudo encontra evidências de que medicamentos para Transtorno déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) também podem tratar os principais aspectos da doença de Alzheimer.

Os pesquisadores buscaram por ensaios clínicos publicados entre 1980 e 2021 nos quais drogas noradrenérgicas, como atomoxetina, metilfenidato e guanfacina, tradicionalmente usadas no tratamento de TDAH, foram usadas para melhorar potencialmente os sintomas cognitivos e/ou neuropsiquiátricos em pessoas com doenças neurodegenerativas.

Após agrupar os estudos conforme qualidade e análise de cognição global e analisá-los, os autores observaram um efeito positivo pequeno, mas significativo, das drogas noradrenérgicas na cognição geral, conforme medido pelo Mini-Exame do Estado Mental ou pela Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer.

Outros estudos foram agrupados conforme o comportamento e sintomas neuropsiquiátricos, agitação e apatia. Nessas publicações, os pesquisadores notaram que houve um grande efeito positivo das drogas noradrenérgicas na apatia, mesmo após a remoção de valores discrepantes para explicar as diferenças no desenho do estudo e nos resultados pretendidos.

Consoante os pesquisadores, as drogas noradrenérgicas provavelmente podem oferecer um tratamento efetivo para doença de Alzheimer em relação a cognição geral e a apatia que são consequências da doença. Entretanto, os autores destacam que o direcionamento adequado de grupos específicos de pacientes e a compreensão dos efeitos da dose de medicamentos individuais e suas interações com outros tratamentos para minimizar os contras e maximizar os prós dos medicamentos noradrenérgicos. 

Mecanismo de ação das drogas noradrenérgicas

As drogas noradrenérgicas têm como alvo o neurotransmissor noradrenalina, que é liberado por uma rede de neurônios noradrenérgicos especializados. Essa rede é fundamental para a excitação e para muitos processos cognitivos, como atenção, aprendizado, memória, prontidão para ação e supressão de comportamentos inadequados.

Na doença de Alzheimer, ocorre ruptura, precocemente, da ação noradrenérgica. Isso contribui para o desenvolvimento dos sintomas cognitivos e neuropsiquiátricos  característicos da condição, sugerindo que o sistema noradrenérgico seria um bom alvo para o tratamento medicamentoso contra o Alzheimer.

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Referência

Cognitive and neuropsychiatric effects of noradrenergic treatment in Alzheimer's disease: systematic review and meta-analysis, Journal of Neurology Neurosurgery & Psychiatry (2022). DOI: 10.1136/jnnp-2022-329136


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