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Adoçantes artificiais associados à maior incidência de doenças cardiovascular e cerebrovascular

Adoçantes artificiais associados à maior incidência de doenças cardiovascular e cerebrovascular
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set. 14 - 3 min de leitura
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A ingestão de adoçantes artificiais está associada ao aumento do risco de doença cardiovascular (DCV) e doença cerebrovascular. Essa é a conclusão de um  estudo prospectivo de larga escala publicado no British Medical Journal. Ele utilizou dados quantitativos para investigar as associações entre o consumo de adoçantes artificiais (mg/dia) de todas as fontes alimentares (bebidas, adoçantes de mesa, laticínios, etc) e por tipo (aspartame, acessulfame de potássio, sucralose e etc) e o risco de DCV (geral, coronário e cerebrovascular). 

De acordo com os resultados da pesquisa, a ingestão de aspartame foi associada ao aumento do risco de eventos cerebrovasculares. Já o acessulfame de potássio e a sucralose foram associados ao aumento do risco de doença coronariana. 

Os participantes do estudo eram adultos franceses, com 18 anos ou mais, com acesso à internet. Eles foram acompanhados por meio de um formulário on-line através do qual tinham que fazer o próprio registro alimentar por período de 24 horas, além de informar histórico pessoal e familiar, medicamentos de uso contínuo, dados antropométricos como altura e peso, estilo de vida, dados sociodemográficos (por exemplo, data de nascimento, sexo, escolaridade, ocupação profissional, tabagismo e número de filhos) e prática de atividade física (classificada pelo equivalente metabólico da tarefa em baixa, moderada e alta).

Durante dois anos, os participantes registraram seus dados em três dias de cada semana (dois dias da semana e um dia de fim de semana), informando seus hábitos alimentares em quantidade e em todas as refeições realizadas.

Mercado

Atualmente, os principais alimentos com adoçantes artificiais são as bebidas adoçadas artificialmente, os adoçantes de mesa e os laticínios. Segundo o Market Data Forecast, os adoçantes artificiais representam hoje um mercado global de US$ 7.200 milhões (£ 5.900 milhões; € 7.000 milhões), com um crescimento anual de 5% projetado para atingir US$ 9.700 milhões até 2028.

Grande parte das marcas presentes no mercado atualmente contém os aditivos alimentares, especialmente alimentos ultraprocessados, como bebidas adoçadas artificialmente, alguns lanches e refeições prontas de baixa caloria ou produtos lácteos. No total, cerca de 23 mil produtos em todo o mundo contêm adoçantes artificiais.

REFERÊNCIA 

Debras C, Chazelas E, Sellem L, Porcher R, Druesne-Pecollo N, Esseddik Y et al. Artificial sweeteners and risk of cardiovascular diseases: results from the prospective NutriNet-Santé cohort BMJ 2022; 378 :e071204 doi:10.1136/bmj-2022-071204

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