Revisão sistemática e meta-análise de 38 ensaios clínicos randomizados, publicada no Journal of Pain and Symptom Management, descobriu que intervenções no sofrimento psicológico de pacientes em cuidados paliativos e seus cuidadores não melhoraram estatisticamente a ansiedade e a depressão dos mesmos.
Segundo os autores, o apoio psicossocial geral oferecido nos cuidados paliativos é menos eficaz do que as intervenções terapêuticas baseadas em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental. As intervenções de cuidados paliativos variam amplamente em termos de histórico profissional dos membros da equipe e uso de terapias baseadas em evidências para sofrimento psicológico. No entanto, a implementação de cuidados paliativos muitas vezes carece de avanços totalmente integrados da ciência psicológica e da psiquiatria para lidar com o sofrimento psicológico.
Apesar do achado da meta-análise, os autores identificaram problemas conceituais e metodológicos na literatura que poderiam ser remediados, como incluir pacientes com problemas de saúde mental existentes em estudos e aumentar a transparência e a responsabilidade por meio do registro pré - julgamento. Não incluir pacientes com doença mental pré-existente significa que algumas das pessoas que mais precisam da abordagem integrativa de cuidados paliativos ao sofrimento não estão sendo representadas em ensaios clínicos, o que pode perpetuar desigualdades.
Referência:
Molly A. Nowels et al, Palliative Care Interventions Effects on Psychological Distress: A Systematic Review & Meta-Analysis, Journal of Pain and Symptom Management (2023). DOI: 10.1016/j.jpainsymman.2023.02.001
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