Os pesquisadores da School of Medicine at Mount Sinai de Nova York fizeram um estudo retrospectivo para analisar o impacto do status de vacinação COVID-19 na população de pacientes com insuficiência cardíaca.
Os cientistas analisaram registros eletrônicos de 7.094 pacientes do Sistema de Saúde Mount Sinai com diagnóstico de insuficiência cardíaca e que foram ao consultório, ao departamento de emergência ou tiveram hospitalizações entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022.
Dessa amostra, 31% dos pacientes receberam todas as doses da vacina contra COVID-19, mas sem reforço, 14,8% receberam todas as doses amis o reforço, 9,1% foram parcialmente vacinados com apenas uma dose e 45% não foram vacinados. Os pesquisadores ressaltaram que a proporção de pacientes não vacinados no estudo é aproximadamente o dobro da proporção de adultos não vacinados na população geral da cidade de Nova York.
Segundo os autores, a taxa de não vacinados entre os pacientes com insuficiência cardíaca é alta devido a fobia de desenvolver miocardite, uma vez que essa condição foi relatada como um efeito colateral das vacinas Pfizer-BioNTech e Moderna, mas, apesar de ser um efeito raro, é uma complicação mais comum da infecção por COVID-19.
Os pesquisadores compararam as taxas de sobrevivência e o número de internações no hospital e nas unidades de terapia intensiva entre os quatro grupos, analisando a mortalidade por todas as causas e a mortalidade associada à infecção concomitante e documentada por SARS-CoV-2.
Como resultado os autores descobriram que os pacientes não vacinados e parcialmente vacinados tinham três vezes mais chances de morrer de doenças relacionadas ao COVID-19 do que os pacientes totalmente vacinados e reforçados. Além disso, pacientes desse grupo tinham 15% mais chances de serem hospitalizados se infectados com o vírus e quase duas vezes mais chances de serem admitidos na UTI quando comparados a pacientes totalmente vacinados e reforçados. Também, os não vacinados têm três vezes mais chances de morrer se infectados com o vírus.
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Referência
Association of Reduced Hospitalizations and Mortality Among COVID-19 Vaccinated Patients with Heart Failure, Journal of Cardiac Failure (2022).