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Os custos em insulina por pacientes norte-americanos e a realidade brasileira

Os custos em insulina por pacientes norte-americanos e a realidade brasileira
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jul. 7 - 3 min de leitura
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Pesquisadores da Universidade de Yale publicaram na Health Affairs um estudo referente ao custo gasto em insulina pelos diabéticos insulino-dependentes americanos. Mais de 30 milhões de americanos têm diabetes e mais de 7 milhões deles necessitam de insulina diária. Mas o custo da droga aumentou mais de 10x desde 1996, quando foi lançado um tipo de insulina de ação rápida. 

Como metodologia de estudo, a equipe de pesquisa usou dados do Medical Expenditures Panel Survey, que abrangeu os anos de 2017 a 2018. Eles descobriram que quase uma em cada sete pessoas que usavam insulina nos EUA gastaram pelo menos 40% de sua renda pós-subsistência —  o que está disponível depois de pagar para alimentação e moradia —  durante esse período. A estimativa não inclui outros custos normalmente arcados pelos pacientes, incluindo outros medicamentos, monitores de glicose e bombas de insulina, por isso é uma estimativa subestimada.

Segundo os autores, grande parte dos custos crescentes com a droga pode ser atribuído a cadeias de suprimentos que se tornaram mais complexas. Cada etapa adicionada à cadeia significa que outra entidade está coletando lucros e, consequentemente, elevando  os custos para os pacientes dependentes de insulina.

A equipe também analisou se as pessoas que usam insulina tinham seguro de saúde. Como resultado, os pesquisadores identificaram que a maioria dos pacientes tinha Medicare (41,1%) ou seguro privado (35,7%). Outros eram cobertos pelo Medicaid (11,1%) ou outro seguro (9,9%). O restante (2,2%) não tinha cobertura de seguro para insulina.

Os beneficiários do Medicare foram os mais sobrecarregados pelos custos da insulina, respondendo por mais de 61% daqueles sobrecarregados pelos custos da insulina. Além disso, esses beneficiários tinham renda mais baixa do que aqueles com seguro privado, outro ou nenhum. Segundo os autores, este fato, combinado com os limites de cobertura de insulina do Medicare, torna este grupo mais vulnerável aos encargos financeiros.

Para os pesquisadores, dificultar o acesso e fornecimento de insulina para esses pacientes, além de eticamente errado, também aumenta o custo do sistema de saúde, uma vez que há mais internações hospitalares por emergências de alto nível de açúcar no sangue e complicações, gerando mais.   

Realidade brasileira 

No Brasil, a insulina e outros medicamentos para o controle glicêmico são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, em fevereiro de 2022 começou a tramitar no Senado o Projeto de Lei n° 12, de 2022 que poderá aprovar o fornecimento da bomba de infusão de insulina gratuitamente pelo SUS, de acordo com indicação médica, para melhorar o controle glicêmico e reduzir os episódios de hipoglicemia que acometem diabéticos dependentes de insulina. 

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Referências 

Baylee F. Bakkila et al, Catastrophic Spending On Insulin In The United States, 2017–18, Health Affairs (2022). DOI: 10.1377/hlthaff.2021.01788. www.healthaffairs.org/doi/10.1 … 7/hlthaff.2021.01788


SENADO, Agência. Projeto determina que SUS forneça bomba de insulina. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/noticias/materias/2022/02/14/projeto-determina-que-sus-forneca-bomba-de-insulina . Acesso em: 06 jul. 2022.


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