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Boletim epidemiológico da Fiocruz (16 a 20 de outubro) da COVID-19

Boletim epidemiológico da Fiocruz (16 a 20 de outubro) da COVID-19
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out. 25 - 3 min de leitura
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O Boletim do Observatório COVID-19 Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira 21 de outubro, aponta para a decrescente transmissão do Sars-CoV-2, com queda do número de óbitos e de casos graves da pandemia. Os dados são referentes à Semana Epidemiológica (SE) número 41 (de 10 a 16 de outubro), na qual foram observados média diária de 10.200 casos confirmados e 330 óbitos por COVID-19.

As taxas de ocupação de leitos de UTI COVID-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) mantêm-se em relativamente estável, com 25 estados e 23 capitais fora da zona de alerta, sendo a maioria com patamares inferiores a 50%. Somente o Espírito Santo e o Distrito Federal estão em zona de alerta, com taxas de 71% e 80%, respectivamente.

O resultado demonstra a eficácia da campanha de vacinação, que está atingindo seu principal objetivo - o de minimizar o impacto da doença nos indivíduos e na coletividade. Entretanto, o documento reitera que a contínua tendência de redução dos principais indicadores não exclui a possibilidade de reveses, ainda que haja melhora consistente da situação da pandemia. Os autores do relatório alertam também para o fato de que a intensidade de circulação de pessoas nas ruas se encontra nos níveis pré-pandêmicos. 

"A pandemia não acabou e é necessário que se combinem medidas de controle com a ampliação da vacinação, até que pelo menos 80% da população esteja com a cobertura vacinal completa"

A análise observa que a redução dos níveis de isolamento, indicado pelo Índice de Permanência Domiciliar (IPD) em conjunto com o concomitante aumento da positividade dos testes laboratoriais de COVID-19 sinalizam ainda cenários de transmissão do vírus. Além disso, a taxa de letalidade da doença no Brasil (cerca de 3,2%) se mantém em valores altos em relação aos padrões internacionais.

Outra questão sinalizada pelo documento é a queda abrupta do número de casos e, em menor proporção, do número de óbitos. Porém, estes dados podem estar sendo influenciados por problemas no fluxo de dados do e-SUS e Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), que vêm sofrendo oscilações na disponibilização de registros. 

A publicação conclui com um alerta a respeito da flexibilização das medidas de restrição e a expectativa de liberação de grandes eventos festivos como o Reveillón e o Carnaval. O avanço da cobertura vacinal no país tem trazido benefícios inegáveis para a mitigação da pandemia. A melhor evidência para isso é a queda nas internações e óbitos, que ratificam o sucesso na prevenção de formas graves e fatais da Covid-19. No entanto, ela não pode ser tratada como a única medida necessária para interromper a transmissão do vírus entre a população.

A recomendação é de que, enquanto caminha-se para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos sejam mantidas e que a realização de atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação.

Referências:

Boletim observatório COVID-19. 20 de outubro de 2021. Disponível em https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/boletim_extraordinario_2021-outubro-21-red.pdf

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