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Risco de morte por COVID-19 é 57 vezes maior do que reação grave à vacina

Risco de morte por COVID-19 é 57 vezes maior do que reação grave à vacina
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dez. 2 - 4 min de leitura
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Em Boletim Epidemiológico publicado no último dia 26 de novembro de 2021, o Ministério da Saúde aponta que o risco de morte em decorrência da COVID-19 é 56,6 vezes maior do que apresentar um evento adverso grave (EAG) em reação à vacina contra a doença. No Brasil, a incidência de EAG é de 5,1 a cada 100 mil doses aplicadas, ou seja, 0,005% do total de imunizantes usados até agora. Entre 2020 e 2021, houve 2.775.666 internações, segundo o boletim, e a mortalidade pela doença foi de 288,6 a cada 100 mil, o que significa que 1,3% da população brasileira — 1.310 a cada 100 mil habitantes — foi internada ou evoluiu para óbito até o momento. Assim, quando compara-se o risco de EAG com casos de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o risco é 257 vezes maior.

Dados da Campanha Nacional de Imunização mostram que 72,3% da população com 12 anos ou mais no país está totalmente imunizada contra a Covid-19. Ou seja, já recebeu duas doses ou a vacina de dose única, sem contar com a dose de reforço. O número corresponde a 132.323.656 dos quase 182 milhões de brasileiros, nessa faixa etária, com o ciclo vacinal completo.

A vacinação contra a COVID-19 foi iniciada na segunda quinzena de janeiro de 2021, com as vacinas AstraZeneca/Fiocruz e Sinovac/Butantan. Em maio houve a inclusão de uma terceira vacina do laboratório Pfizer/Wyeth e em junho foi introduzida no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) a vacina da Janssen, de tal forma que atualmente têm-se disponíveis quatro imunobiológicos contra a doença.

O boletim reitera que todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguras, possuem autorização de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passam por um rígido processo de avaliação de qualidade pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz, instituição responsável pela análise de qualidade dos imunobiológicos adquiridos e distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

As vacinas passaram, antes de sua implementação, por todas as fases de estudos pré-clínicos e estudos clínicos (fase I, II e III), estando atualmente na fase IV de avaliação clínica, a fase pós- implantação. Apenas nesta fase é possível a identificação de eventos adversos raros (entre um evento a cada mil doses a um evento a cada dez mil doses) e muito raros (menos de um evento a cada dez mil doses) sendo, portanto, fundamental o monitoramento de eventos adversos pós-vacinação (EAPV).

 

“Os dados aqui apresentados denotam o excelente perfil de benefício versus risco da vacinação contra a Covid-19”, informa o boletim. “Ainda, o impacto da COVID-19 vai muito além do risco de morte ou internações, levando ainda a complicações tais como: tromboses venosas, miocardite e pericardite, síndromes neurológicas como a síndrome de Guillain-Barré, encefalite e doenças desmielinizantes, hemorragias cerebrais, arritmia, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar, entre outros”.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, esses dados são “conservadores, tendo em vista que parte expressiva dos EAG notificados não possuem qualquer relação causal com a vacinação”. Dos 9.896 casos adversos graves relatados, em 35,7% foi descartada a relação causal com a vacina. Ainda, a maioria dos eventos adversos notificados com as vacinas COVID-19 são efeitos adversos não graves (92%).

 

Referências:

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ESPECIAL: COVID-19 | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Semana Epidemiológica 46 • 14/11 a 20/11/2021. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/novembro/26/boletim_epidemiologico_covid_90_26nov21_eapv3b.pdf

 

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