A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de
aprovar o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a Covid-19. Os
imunizantes, produzidos pela Pfizer, protegem contra as subvariantes da Ômicron
do novo coronavírus. Foi autorizada a aplicação das mesmas como doses de
reforço em pessoas a partir de 12 anos, três meses depois da última dose de
reforço.
Consideradas de segunda geração, as vacinas bivalentes
protegem contra a variante original do novo coronavírus, da Província de Wuhan
(China), e contra as últimas subvariantes da Ômicron. Estas são mais
transmissível, porém mais brandas, com o vírus se concentrando na garganta e
não atingindo os pulmões. A variante original é menos contagiosa, porém mais
perigosa e mortal.
Os imunizantes bivalentes terão frascos na cor cinza para
facilitar a identificação. As vacinas da Pfizer usam a tecnologia do RNA
mensageiro, em que uma parte da proteína spike, responsável pela fixação do
vírus nas células, é injetada para estimular a produção de anticorpos.
Agora, caberá agora ao Ministério da Saúde comprar as
vacinas bivalentes. Atualmente, a pasta tem um contrato para a aquisição de 100
milhões de doses da Pfizer a serem entregues a partir deste ano. O acordo prevê
o acréscimo de 50 milhões de doses, inclusive imunizantes atualizados ou
pediátricos, caso o ministério peça.
Durante seu voto, a diretora Meiruze Souza Freitas, relatora
do processo, disse que as vacinas bivalentes já são usadas em várias partes do
mundo e que, apesar das vacinas originais continuarem eficazes, as bivalentes
acrescentam uma opção de imunização. Ela conclamou a importância da vacinação
porque, segundo ela, ainda não é possível saber a gravidade das variantes
BA4/BA5.
Histórico
Em agosto, a Pfizer enviou à Anvisa o primeiro pedido de
análise da vacina bivalente que protege contra a subvariante Ômicron BA.1. No
fim de setembro, a fabricante entrou com o segundo pedido de análise, contra as
subvariantes BA.4 e BA.5.
A decisão da agência ocorre no momento de aumento de casos
no país ligados à circulação de uma nova subvariante da Ômicron. Na semana
passada, o Ministério da Saúde emitiu alerta sobre a circulação de novas
linhagens no país. Uma delas reduz as barreiras para o vírus entrar nas células
humanas. A outra aumenta o risco de reinfecção.
De acordo com o Ministério da Saúde, a média móvel de casos no
Brasil subiu 120% na semana de 6 a 11 de novembro em relação à semana anterior.
Os óbitos aumentaram 28% na mesma comparação.
Fonte: Agência Brasil.