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Atividades físicas ajudam a diminuir sintomas de depressão e ansiedade

Atividades físicas ajudam a diminuir sintomas de depressão e ansiedade
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fev. 27 - 3 min de leitura
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Atividades físicas de maior intensidade são eficazes na melhoria dos sintomas de depressão e ansiedade. É o que sugere revisão publicada no British Journal of Sports Medicine. Ela abrange 97 estudos sobre o tema e 1.039 ensaios, com total de 128.119 participantes.

Segudo o trabalho, intervenções de exercícios que duraram doze semanas ou menos foram eficazes na redução dos sintomas de problemas ligados à saúde mental. Foram observadas melhorias em todas as populações clínicas, embora a magnitude do efeito variasse entre elas. Os maiores benefícios foram observados em pessoas com depressão, mulheres grávidas, puérperas, indivíduos aparentemente saudáveis e indivíduos diagnosticados com HIV ou doença renal. 

Os resultados também apontaram que todos os modos de exercício físico -  incluindo exercícios aeróbicos, de resistência, de modo misto e ioga - foram eficazes. Porém, atividades de maior intensidade foram associadas a maiores reduções dos sintomas de depressão e ansiedade.

Os pesquisadores explicam que diferentes modos de atividade física estimulam diferentes efeitos fisiológicos e psicossociais. Por exemplo, exercícios de resistência tiveram os maiores efeitos sobre a depressão, enquanto ioga e outros exercícios mente-corpo foram mais eficazes para reduzir a ansiedade. Além disso, os achados mostraram que os modos de exercício de intensidade moderada e alta foram mais eficazes do que os de intensidade mais baixa. 

De acordo com os autores, a depressão melhora com atividade física por meio de vários mecanismos neuromoleculares, incluindo aumento da expressão de fatores neurotróficos, aumento da disponibilidade de serotonina e norepinefrina, regulação da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e redução da inflamação sistêmica. Por esse motivo, a atividade de baixa intensidade pode ser insuficiente para estimular as alterações neurológicas e hormonais associadas a melhorias.

Uma limitação da revisão é que a maioria das evidências se concentrou na depressão leve a moderada, com menos revisões abordando ansiedade e sofrimento psicológico, impedindo a conclusões concretas nas análises de subgrupo para esses resultados. 

Referência:

 Ben Singh et al, Effectiveness of physical activity interventions for improving depression, anxiety and distress: an overview of systematic reviews, British Journal of Sports Medicine (2023). DOI: 10.1136/bjsports-2022-106195

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