O Brasil acumula, até a última terça-feira (16) 3,1 mil casos de varíola dos macacos (Monkeypox), espalhados por 27 estados. Ele é o sexto país do mundo com maior quantidade de casos, perdendo apenas para Estados Unidos (em primeiro lugar), Espanha, Alemanha, Reino Unido e França.
Em território nacional, a prevalência da doença está concentrada na região Sudeste, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os dados são do Ministério da Saúde, que acaba de disponibilizar um relatório completo e atualizado sobre o assunto.
No momento, são 35.621 casos confirmados da doença em 92 países, sendo que 42 deles relataram aumento no número semanal de casos nos últimos 7 dias. Já foram notificadas treze mortes, sendo uma delas no Brasil (no último mês de julho, de um homem de 41 anos que também tratava um câncer).
No mundo, a maioria dos pacientes são homens com idades entre 18 e 49 anos, sendo que 97,2% deles fazem sexo com outros homens. 91,5% das transmissões ocorreram por contato sexual.
Crianças entre 0 e 4 anos representam apenas 0.1% do total de casos de contaminações registradas, sendo que a transmissão também pode ocorrer por gotículas de saliva, abraço, beijo e contato com objetos contaminados (como toalhas, lençóis e roupas).
O principal sinal da varíola dos macacos é o aparecimento de erupções cutâneas, percebidas em 71 % dos infectados. Os sintomas mais comuns são febre, dores musculares e cafaleia.
No último mês de julho, a Monkeypox foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
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