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Música: uma poderosa ferramenta para melhorar a saúde mental

Música: uma poderosa ferramenta para melhorar a saúde mental
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mai. 10 - 4 min de leitura
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O uso de intervenções musicais parece estar associado a melhorias clinicamente significativas na qualidade de vida mental e também relacionada à saúde física. No entanto, o tipo específico de intervenção musical que fornece o maior benefício ainda não está claro. Esta foi a conclusão de uma meta-análise de estudos de pesquisadores do Instituto de Fisiologia da Música e Medicina dos Músicos da Universidade de Música de Hannover, Alemanha, publicada no periódico JAMA Network Open.

O uso de intervenções musicais (IMs), como ouvir música, tocar um instrumento ou cantar, demonstrou ter um impacto positivo no funcionamento global e social de pacientes com condições de saúde mental, como a esquizofrenia . Além disso, também há evidências confiáveis ​​dos efeitos positivos da música e do canto no bem-estar (relacionados aos aspectos positivos da vida de uma pessoa) em adultos sem problemas de saúde mental subjacentes. 

A meta-análise abrangeu 26 estudos anteriores e um total de 779 pessoas, cobrindo desde o uso da música gospel como medida preventiva contra doenças cardíacas  até como participar de um coral pode ajudar as pessoas a se recuperarem do câncer. 

Todos os 26 estudos incluídos na pesquisa haviam utilizado em sua metodologia um dos seguintes questionários validados: 36-Item Short Form Survey (SF-36) sobre saúde física e mental; ou a alternativa mais curta com 12 perguntas (SF-12).

Os resultados dos estudos foram então comparados com outras pesquisas que analisam os benefícios de "intervenções médicas e não farmacêuticas" (por exemplo, exercícios, programas de perda de peso) no bem-estar e com pesquisas em que os tratamentos médicos para problemas de saúde não incluíam musicoterapia.

De acordo com os autores do estudo, o aumento da saúde mental através música está "dentro da faixa, embora na extremidade inferior" do mesmo tipo de impacto observado em pessoas que se comprometem com exercícios físicos ou programas para perda ponderal.

Os autores concluíram que, enquanto as intervenções musicais levaram a um aumento significativo na qualidade de saúde mental, as mudanças na saúde física foram ambíguas. Eles acrescentaram que, dada a variação no efeito das diferentes intervenções, como cantar, ouvir música, etc., não é possível fornecer recomendações firmes sobre a intervenção ou dosagem ideal para uso em cenários clínicos específicos.

Ao mesmo tempo, os pesquisadores apontam que houve uma variação substancial entre os indivíduos nos estudos sobre o quão bem as várias intervenções musicais funcionaram – mesmo que o quadro geral fosse positivo. Desta forma, este tipo de abordagem não é necessariamente algo que vai funcionar para todos os pacientes de forma igualitária.

Os pesquisadores esperam, por fim, que estudos como este incentivem os profissionais de saúde a prescrever algum tipo de musicoterapia com mais frequência quando se trata de ajudar seus pacientes a se recuperar de doenças ou manter uma boa saúde mental.

 

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Referência

  1. MCCRARY, J. Matt et al. Association of Music Interventions With Health-Related Quality of Life: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA network open, v. 5, n. 3, p. e223236-e223236, 2022. Disponível em:  Doi:10.1001/jamanetworkopen.2022.3236. Acesso em: 10 de maio de 2022.

 

 


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